Presidente do Banco Central nos anos Lula, ministro da Fazenda de Michel Temer e depois secretário da Fazenda do governo paulista de João Doria, Henrique Meirelles reaproximou-se de Lula e de seu estafe político.
Recentemente, Meirelles esteve com o candidato petista e um conjunto de ex-candidatos a presidente que reuniu Marina Silva, Fernando Haddad e Guilherme Boulos, entre outros. A figura de destaque, claro, foi Meirelles, dada a grande proximidade dos demais com Lula.
Pois bem, Meirelles anda ativo nas redes sociais desde então, apontando, em seu tom sóbrio, no limite do anódino, os maus passos da gestão econômica de Jair Bolsonaro.
Nesta quinta (20), ele comentou plano de seu sucessor na Esplanada, Paulo Guedes, de repassar o custo dos pacotes de bondades eleitorais, estimado em R$ 100 bi, “nas costas da população”, como escreveu.
A mudança planejada para 2023 mexeria com a correção do salário mínimo e dos benefícios previdenciários, fazendo, segundo Meirelles, “a população mais pobre receber menos”.
Na mesma pegada, mas muito menos sóbrio, como era de se esperar, o deputado federal André Janones (Avante-MG) fez vídeo defronte ao prédio do ministério da Economia para dizer que “o ministro Paulo Guedes acaba de anunciar que benefícios e salário mínimo não serão mais reajustados pelo índice da inflação.”
Em entrevista, Guedes confirmou o mecanismo de desindexação citado por Meirelles e Janones, mas, claro, negou que o valor do salário mínimo seja reajustado por índice abaixo da inflação.