Primeira-dama do Chile cumpre promessa de campanha e abdica de papel executivo destinado à mulher do presidente, passando-o para ministérios
Não era a promessa eleitoral mais difícil de cumprir, convenhamos. Mas não deixa de dar certa satisfação ver alguém cumprir o que havia prometido durante a corrida eleitoral. Não é esse o costume em alguns países da América do Sul.
No Chile, a primeira-dama Irina Karamanos, companheira do jovem presidente Gabriel Boric, está fazendo o “walk the talk”. À frente de seis fundações cuja chefia é dada ao cônjuge do presidente, Irina vem aos poucos se desligando dessas tarefas.
Nesta semana, ela viu ser aprovada por unanimidade modificação estatutária da Fundação Integra, que deixa de ser presidida automaticamente pela primeira-dama, ou, vá lá, primeiro-cônjuge. O comandante da fundação deverá agora ser designado pelo ministério da Educação.
As demais cinco fundações deverão se submeter a processo semelhante nos próximos meses. No discurso em que anunciou a modificação na Fundação Integra, Irina saudou as primeiras-damas que a precederam por levarem a cabo “projetos de importantíssimo papel público e social”.