Depois de ser espinafrado por paz na Ucrânia, Musk agora pode aceitar Twitter, diz Reuters

Elon Musk || Crédito: ZACK/MCOM

Bilionário foi desdenhado na segunda (3), ao propor solução para o conflito na Europa; nesta terça (4), volta ao noticiário ao, supostamente, decidir aceitar termos originais de compra da rede social

São raras as semanas em que o bilionário Elon Musk não galvanize a opinião pública com suas pílulas de sabedoria, pilhéria ou pura provocação em sua conta no Twitter. Na segunda (3), ele decidiu, num único tuíte, colaborar para a solução do conflito na Ucrânia fazendo propostas que, a seu ver, fariam sentido para invasor e invadido.

Foi espinafrado, especialmente pelos ucranianos, a quem já ajudou com satélites de sua empresa Starlink.

Nesta terça (4), ele decidiu voltar a um velho ringue onde combate com um séquito de advogados e estafetas diversos – a compra do Twitter. Segundo a agência Reuters, que se serviu de depoimentos de fontes ocultas próximas ao negócio, Musk estaria disposto novamente a manter sua primeira oferta de aquisição da rede social – US$ 44 bi.

Seria o próprio Musk quem depois criaria empecilhos para o fechamento do negócio, que já havia sido aceito pelos controladores, ao exigir dados sobre contas falsas e bots – os números apresentados pela companhia nunca o satisfizeram.

A cotação das ações do Twitter escalou na bolsa estadunidense nesta terça, chegando a subir 12,7%; ao mesmo tempo, o valor dos papeis da Tesla, montadora que é o maior negócio hoje de Musk, deslizou.

Musk e controladores do Twitter têm encontro perante a lei no próximo dia 18. Ou não: se um até aqui improvável e pacífico desfecho se impuser, Delaware pode ficar para (muito) depois.