Cuba sepulta homofobia “estatal” e aprova união de pessoas do mesmo sexo

Miguel Diaz-Canel || Crédito: Reprodução/Presidencia Cuba

Em plebiscito, cubanos derrubam intolerância da Revolução com a homoafetividade; adoção de crianças por casais gays e prática de barriga de aluguel também são aprovadas

É possível que o grito histérico “Vai pra Cuba!”, dos simpatizantes da direita hidrófoba do Brasil, esteja começando a perder sua impedância. Nesta segunda (26), deu-se a conhecer na ilha o resultado de um plebiscito ocorrido na véspera que buscava referendar o novo “código das famílias”.

Os cubanos foram instados a votar se concordavam com o casamento gay, a adoção de crianças por casais homoafetivos e a prática da barriga de aluguel, entre outros dispositivos. Dois terços dos votantes (66,9%) manifestaram-se favoravelmente.

O presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, escreveu em sua conta de Twitter que a “justiça foi feita” e que o país paga uma “dívida com algumas gerações de homens e mulheres cubanos”.

A revolução socialista de 1959 não tolerava a homoafetividade, e muitos homossexuais tiveram de viver em total segredo ou buscar o exílio, arriscando-se a perder suas vidas por conta de sua sexualidade.