Lula revê Marina, que chama Alckmin de “vice-governador” e justifica encontro por “ameaça à democracia”

Marina Silva e Lula || Créditos: Divulgação/PT/Ricardo Stucker

Capo do PT recebe apoio de ex-ministra do Meio Ambiente; pontos do programa ambiental de Marina Silva são incorporados à proposta de campanha

A candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) não foi muito eloquente no Twitter ao repercutir seu encontro nesta segunda (12) em São Paulo com Lula. Ex-ministra do Meio Ambiente do petista, Marina tornou-se uma dissidente do lulopetismo quando disputou eleições contra Dilma Roussef em 2010 e 2014 e, pecado dos pecados para os petistas, ofereceu apoio no segundo turno de 2014 a Aécio Neves (PSDB), que rivalizou com Dilma.

No encontro desta manhã, Marina iniciou sua fala chamando o encontro de “momento importante para a história deste país”, cometeu em ato falho ao chamar Geraldo Alckmin de “vice-governador” e disse que ela e Lula “nunca deixaram de estar próximos”.

Marina disse ainda que o Brasil enfrenta a “ameaça das ameaças”, a “ameaça à democracia” e a “possibilidade da banalização do mal”, justificativa para sua aliança programática com Lula.

Pontos da proposta de Marina foram elencados por Aloizio Mercadante, coordenador do programa governamental de Lula. Entre eles, “justiça social”, “distribuição equitativa dos bens da natureza” e “transição justa para economia de carbono neutro”.  Mercadante ainda mencionou temas mais específicos como melhores práticas no uso de agrotóxicos e crédito diferenciado para produtores que não desmatam.

O time de Lula sublinhou no Twitter, sobre o encontro, que “as pessoas estão vendo que a nossa democracia está fugindo pelos nossos dedos. A presença da @MarinaSilva aqui com a gente é uma demonstração de que a democracia pode ser exercida mesmo quando existem divergências.”