Neste dia que pode se tornar ponto de inflexão da história recente brasileira, chefes de poderes vêm se manifestando, às vezes apenas para não perder o bonde da história. Por isso, chama bastante atenção o silêncio de alguns personagens como Arthur Lira, presidente da Câmara, e Luiz Fux, seu homólogo no STF.
A última postagem no perfil oficial de Lira no Twitter, na sexta (5), lamentava a morte de Jô Soares; de lá para cá, nada. No site oficial da Câmara, outro “walk over”.
O Brasil perdeu hoje um artista multifacetado, de talento reconhecido, que conquistou o público e marcou seu tempo. Meus sentimentos aos familiares e amigos.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) August 5, 2022
Fux, que deixa a presidência rotativa do STF em um mês, também faz a egípcia até às 14h30 desta quinta (11). Na quarta, a aprovação do reajuste para a magistratura, que passou de forma unânime pelo plenário da casa, poderia gerar um conflito de imagem para a chefia do Judiciário. Talvez seja prudente ficar longe das multidões.
Jair Bolsonaro passou recibo. Em sua conta no Twitter, escreveu: “Hoje, aconteceu um ato muito importante em prol do Brasil e de grande relevância para o povo brasileiro: a Petrobrás reduziu, mais uma vez, o preço do diesel.”
– Hoje, aconteceu um ato muito importante em prol do Brasil e de grande relevância para o povo brasileiro: a Petrobrás reduziu, mais uma vez, o preço do diesel.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 11, 2022
Já Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, seguiu em sua toada expansiva, destoando de sua proverbial figura de discípulo da Teoria do Medalhão. Em fio em sua conta do Twitter, o senador refutou “qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo” e rogou por um “ambiente de livre pensamento”, o que quer que isso signifique, para o senador, esteio para uma “verdadeira pátria livre e soberana”.
O Congresso Nacional sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo. (+)
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) August 11, 2022