O slogan que, involuntariamente, alavancou as enormes manifestações de junho de 2013, “não é só pelos 20 centavos”, poderia ser adaptado para a situação que vive o pré-candidato a presidente Pablo Marçal, do Pros. “Não é só pelo 1%”, ele poderia dizer, citando seu percentual nas principais pesquisas eleitorais, agora que a ala do partido que comprou seu nome teve restituído seu poder.
O coach que se celebrizou por levar um grupo de discípulos ao pico dos Marins, na Mantiqueira, e todos depois precisarem ser resgatados por conta do mau tempo, é hoje o candidato presidencial da minúscula sigla, mas nada garante que o será na sexta (5), prazo limite para a homologação das candidaturas.
Um ministro do STJ devolveu o comando do Pros a Marcus Holanda em detrimento da ala dirigida por Eurípedes Júnior, que, em seu curto interinato à frente da sigla acertou acordo de apoio à chapa Lula-Alckmin.
Uma conversa gravada mostrou que a ala de Holanda espera receber R$ 200 milhões de Marçal. Ainda que seja um múltiplo do valor, não é exatamente coisa de 20 centavos.
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Ao final do dia, o revés da coligação PT-PSB foi amplamente revertido com a adesão oficial de André Janones (Avante) à chapa Lula-Alckmin. Se Janones não performa muito melhor do que Marçal nas pesquisas eleitorais, ele traz para a nêmesis de Bolsonaro uma grande audiência digital.
Veja o vídeo publicado no canal oficial de Lula dando ciência da adesão do “companheiro Janones”.
COM JANONES, LULA ASSUME COMPROMISSO DE LUTA PELO AUXÍLIO EMERGENCIAL https://t.co/2w5FJWoogq
— Lula (@LulaOficial) August 4, 2022