Revista Poder

Lei de Ricupero volta a atuar em “segundo lugar” de Garcia

Equipe do governador paulista edita outra vez pesquisa eleitoral que o coloca na vice-liderança em razão da margem de erro, ainda que atrás de seus dois rivais na corrida ao Bandeirantes

Rodrigo Garcia e Rubens Ricupero || Créditos: Gov-SP/Roque de Sá/Agência Senado

A produtiva equipe da campanha digital do governador Rodrigo Garcia (PSDB) parece ter como mandamento número 1 a famosa Lei de Ricupero, como também ficou conhecido o adágio externado pelo ex-embaixador e então ministro da Fazenda Rubens Ricupero, em 1994.

Disse ele, no crepúsculo do governo Itamar Franco: “O que é bom a gente fatura. O que é ruim a gente esconde”.

Trata-se do mais basilar princípio de marketing político, é verdade, mas o time do governador “paulista-raiz”  vem exagerando na forçação de barra. Diante da divulgação de nova pesquisa Real Time Big Data  para o governo de São Paulo nesta quarta (3), a equipe de Garcia celebrou a subida para o “segundo lugar” do candidato.

“Rodrigo não para de crescer e está em segundo lugar”, diz o título da publicação, omitindo o “detalhe” de que esse segundo lugar é dividido com seu rival figadal Tarcisão (Rep). Atrás de Fernando Haddad (PT), que lidera com 33%, vem Tarcisão, com 20%, e só então Garcia, com 19%. Segundo lugar apenas por conta da margem de erro; nominalmente, terceiro lugar.

Há cerca de um mês, o time de Garcia já havia dado um “migué” em outra pesquisa, dessa vez da Quaest/Genial,  ao indicar um crescimento  de 100% na candidatura do governador – faltou revelar que a pesquisa não era cotejada com a imediatamente anterior, mas com um levantamento de março.

Ricupero perdeu o cargo após sua incontinência verbal chegar aos ouvidos de Itamar Franco.

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