Com Stephen King como testemunha, fusão bilionária de editoras dos Estados Unidos sobe no telhado

Departamento de Justiça alega que aquisição da Simon & Schuster pela Penguin Random House pode reduzir pagamento de “advance” a autores como King, de “O iluminado”

Stephen King || Créditos: Reprodução/Twitter/@StephenKing/Shane Leonard

Uma fusão bilionária entre duas das principais editoras de livros dos Estados Unidos subiu no telhado. O Departamento de Justiça do país pediu nesta segunda (1º) a interrupção de um acordo entre a Penguin Random House e a Simon & Schuster, que estão no Top 5 do faturamento do setor.

Conforme noticiou a agência Reuters, a preocupação não é exatamente com a livre concorrência e o preço final dos livros para o consumidor, mas com uma possível redução do “advance” pago  aos autores das casas – advance é o valor que mantém o escritor dedicado à produção de seu próximo livro.

“Autores que trabalham por anos em seus manuscritos receberão menos por seus esforços”, argumenta o Departamento de Justiça, segundo a agência.

O “m&a” ganhou espaço no noticiário por conta das celebridades que devem testemunhar no processo, como o autor best-seller Stephen King.

A Penguin Random House, controlada pela gigante alemã Bertelsmann, anunciou que pretendia adquirir a Simon & Schuster, controlada pela Paramount Global, ainda no final de 2020.  A defesa das editoras é de Daniel Petrocelli, que tem no currículo vitória contra a interrupção no processo também pedida pelo governo na fusão entre AT&T e Time Warner