Pode ser mero wishful thinking, pode ser mera especulação. Mas uma possível aquisição do Netflix pela velha de guerra Microsoft começou a ser cogitada pela imprensa estadunidense.
Os números do famoso serviço de streaming têm sido declinantes em 2022, com o valor dos papéis do Netflix deslizando na bolsa — valem hoje menos de 1/3 do que valiam em novembro. Os resultados do último tri, de todo modo, não foram tão ruins como previstos, com uma perda de assinantes de 970 mil pessoas, metade do que se prognosticava.
De qualquer forma, o dado mais importante é o de que as duas companhias muito recentemente divulgaram a assinatura de um acordo tecnológico para que o Netflix exiba uma nova plataforma com anúncios.
Os analistas lembraram que em janeiro a Microsoft pagou US$ 68,7 bi por uma das maiores desenvolvedoras de game do mundo, a Activision Blizzard, trazendo para seu ecossistema uma nova vertente de negócios — e já com franquias famosíssimnas como Call of Duty e Candy Crush.
O valor de mercado do Netflix hoje é de aproximadamente US$ 92 bi, e a empresa se ressente, diferentemente de rivais como Disney, por exemplo, de outras receitas que não a assinatura — e, eventualmente, anúncios.
Ao comentar o deal com a Microsoft, Greg Peters, COO da Netflix, eloigou a capacidade técnica complementar e a interface com o mercado da empresa confundada por Bill Gates.