O Itaú anuncia nesta quinta (14) o lançamento de sua primeira plataforma de “tokenização” de ativos.
Em português castiço, a ideia é que o bancão tenha um produto, neste primeiro momento apenas para o cliente corporativo, que transforme ativos tradicionais em digitais (tokens e criptoativos), embora a plataforma não permita o varejo de compra e venda de criptomoedas.
O movimento sucede a aprovação, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de três projetos semelhantes. A primeira plataforma de tokenização de ativos lançada no país foi a da empres Vórtx. Essa plataforma foi utilizada em abril, pelo próprio Itaú, para emissão de debêntures tokenizadas, operação que captou R$ 74 milhões.
O lançamento do Itaú ocorre em pleno “inverno do cripto”, como vem sendo chamado esse período em que as criptomoedas vêm desvalorizando em velocidade jamais vista. Esses ativos já perderam US$ 2 tri em valor em 2022. Só o bitcoin, a criptomoeda mais utilizada no mundo, perdeu 70% de seu valor desde o pico de novembro passado.
Analistas vêem esse momento de declínio com seriedade, pois ele é muito mais tributário dos percalços macroeconômicos, com a recessão a ameaçar a economia dos países desenvolvidos, do que por algum furo na bolha, ou seja, pelo próprio hype do cripto, como aconteceu em 2017.