Contra estresse e Musk, semana de 4 dias avança no Reino Unido

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Novo regime de trabalho abrange 70 empresas; organização diz que 63% dos empregadores acham mais fácil reter talentos com sistema

Costuma ser uma no cravo e a outra na ferradura. Depois de certo consenso mundial sobre a justeza e a eficácia do trabalho híbrido praticamente estar estabelecido, Elon Musk, sempre ele, torpedeu a ideia e reclamou a volta ao trabalho presencial dos colaboradores administrativos de sua montadora Tesla.

Se não o fizessem, poderiam começcar á pensar em buscar emprego alhures, escreveu em memorando interno.

Pois bem, nesta semana o Reino Unido iniciou um programa que seguirá por seis meses. As 70 empresas participantes concederam um dia a mais de folga para seus 3 mil colaboradores, instituíndo a semana de quatro dias, sem prejuízo para os salários da tigrada.

Trata-se de um projeto que será balizado por professores das universidades inglesas de Oxford e Cambridge; e do Boston College, dos Estados Unidos.

Compõem o conjunto de organizações desenvolvedoras de softwares, empresas de recrutamento de capital humano e restaurantes de fish and chips, a iguaria por excelência do Reino Unido (perdeu, pudim de Yorkshire!),  como elencou a BBC.

A ideia que embala os coordenadores do projeto é que é possível ser produtivo 100% do tempo nas 32 horas semanais do novo regime.

Em fevereiro, a Bélgica também criou legislação para facultar a implantação do sistema.

Segundo a organização sem fins lucrativos 4 day week, 63% dos empregadores consideram mais fácil atrair e reter talentos com a semana mais curta; e 78% dos colaboradores dizem-se mais felizes e menos estressados com o novo regime.

Cabe a pergunta: que diabo fazem fora do trabalho os outros 22%?