Revista Poder

Em rompante à Maiakovski, Alexandre de Moraes prevê “morte zero” por tédio

Alexandre de Moraes || Crédito: Carlos Moura/SCO/STF

Evitando fazer qualquer menção aos envolvidos, o ministro do STF Alexandre de Moraes repercutiu nesta sexta (3) a decisão de seu colega de Supremo Nunes Marques, o Kassio Comká, que na quinta (2) revertou, em medida liminar, sentenças do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinaram a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR) e do deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE).

A ação de Koncá, em plena harmonia com o “imaginário” bolsonarista, choca-se frontalmente com  o que pensam sobre o tema a tríade do STF que este ano conduziu, conduz ou irá conduzir o TSE – Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e o próprio Moraes –, que viu nas decisões agora revertidas modelo para a atuação do Tribunal no combate à fake news nas eleições de outubro.

“De uma coisa, temos certeza: este ano, e os últimos acontecimentos mostram, de tédio ninguém vai morrer este ano, de monotonia, ninguém vai morrer. Cada dia uma aventura para que a gente possa lidar”, disse Moraes em Curitiba.

Que morramos de vodca, então, para replicar a formulação do poeta russo Vladimir Maiakovski que embalou certa juventude curtida em destilados pesados dos anos 1980.

Nenhum dos ministros do STF se manifestou no Twitter, mantendo certo decoro estratégico – o tema deve ser levado a plenário para discussão entre os onze magistrados nas próximas semanas.

Resta saber se o tema irá aparecer mais ao fim do dia nas recomendações culturais de Barroso publicadas no Twitter, ação que movimenta a rotina de sexta-feira do ministro.

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