Depois de ser acusado, há cerca de um ano, de comandar um ambiente de trabalho tóxico, David Solomon, o poderoso CEO do Goldman Sachs, presenteou seus subordinados com folga aos sábados, dia em que muitos deles também trabalhavam, somando mais de 100 horas semanais no batente.
Na época, o fato foi entendido como o primeiro passo do executivo que comanda o maior banco de investimentos do planeta rumo a um expediente menos cansativo para seu staff, que há tempos reclamava da carga horária que praticamente impedia de ter vida fora do trabalho.
A “bondade” de Solomon, no entanto, não durou muito. É que os funcionários do Goldman foram avisados recentemente, via comunicação interna, que terão seu vale alimentação diário aumentado de US$ 25 (R$ 125,95) para US$ 30 (R$ 151,14), mas daqui pra frente só poderão usar o benefício nas cantinas e restaurantes do próprio gigante de Wall Street.
Ao mesmo tempo, terão suas viagens de casa para o trabalho e vice-versa, em carros particulares do próprio Goldman ou por meio de aplicativos como o Uber, totalmente cortadas, o que poderá resultar em uma economia de centenas de milhões de dólares para o empregador.
O corte vai de encontro aos vencimentos do executivo por sua performance no comando do Goldman, que fechou 2021 com receitas de US$ 59,3 bilhões e um lucro líquido de US$ 21,6 bilhões.
Graças a esses resultados positivos, o banqueiro mais poderoso do mundo embolsou no ano passado um salário de US$ 12 milhões mais bônus de US$ 30 milhões. Em ambos os casos, cifras que o próprio COO do Goldman, John Waldron, o número dois da instituição financeira, que recebeu bônus de US$ 20 milhões no mesmo período, classificou como “excessivas”.