A ex-primeira-dama da Microsoft descreveu Epstein em entrevista que foi ao ar essa semana como "abominável" e "a própria personificação do mal"
Em entrevista para Gayle King, âncora do programa matutino CBS Mornings, Melinda French Gates admitiu que a relação de amizade entre seu ex-marido, Bill Gates, e Jeffrey Epstein, criador de um dos maiores esquemas de pirâmide sexual de que se tem notícia, foi um dos motivos que a levaram a querer se divorciar do cofundador da Microsoft depois de quase 27 anos de casamento.
“Eu não gostava dos encontros que ele [Bill] tinha com o Jeffrey Epstein, e sempre deixei isso bem claro”, Melinda revelou no bate papo com King, em seguida que quis conhecer Epstein, que se suicidou na prisão em agosto de 2019, “só para ter uma ideia de quem era ‘aquele homem'”, que descreveu como “abominável” e “a própria personificação do mal”.
Bill, por sua vez, enviou um comunicado para a produção do CBS Mornings afirmando que seus encontros com Epstein foram um erro de julgamento do qual se arrepende profundamente. O empresário de 66 anos, no entanto, não comentou os supostos casos que teve ao longo dos anos com funcionárias da Microsoft, sobre os quais Melinda falou na entrevista.
“Acredito no poder do perdão, então achei que, a princípio, era algo que resolveríamos juntos. Mas no fim as coisas simplesmente saíram do controle, e eu já não acreditava naquilo que havíamos construído juntos. Passou a ser tóxico”, disse a cientista da computação, que até agora já recebeu mais de US$ 6,2 bilhões (R$ 31,3 bilhões) do ex, antes mesmo do fim do processo de divórcio.