Para quem tem a cabeça a prêmio e 190 mil soldados inimigos supostamente atrás dela, pode parecer um ato de bravura a aparição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, junto de restrito inner circle na noite desta sexta (25), em local aberto que ele mesmo identificou como sendo uma rua de Kiev lindeira ao QG governamental.
Ou, por outra, mais um gesto encenado sob regência dos invasores russos.
Segurando o que deve ser o próprio celular, Zelensky se filmou junto a quatro companheiros para mostrar que seguira e “irá seguir” na Ucrânia. “Glória a nossos defensores, glória à Ucrânia, glória aos herois”, disse.
Mais cedo, em outra aparição em vídeo, desta vez gravada em ambiente mais controlado, ele disse estar disposto a negociar a “neutralidade” da Ucrânia, ou seja, a não adesão do país à Otan, a aliança militar ocidental que Vladimir Putin quer longe da Ucrânia, a pátria eslava vizinha que ele parece considerar russa.
“Não temos medo de falar com a Rússia, não temos medo de falar sobre tudo, sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar sobre status neutro”, disse o (ainda) presidente ucraniano.