Em entrevista à jornalista Daniela Pinheiro, colunista do portal UOL, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa fez comentários sobre a política brasileira. Relator do escândalo do Mensalão, o primeiro caso a atingir severamente a imagem de vestal de tantos cardeais do PT, Barbosa revelou que pediu desfiliação do PSB, partido ao qual foi especulado muitas vezes para a candidatura presidencial de 2018.
Barbosa não foi em frente, como se sabe.
(Um humorista português poderia dizer “deu no que deu”, mas faltaria aqui uma verdadeira relação causal.)
Sem afastar liminarmente a hipótese de concorrer nas eleições de 2022 – ele teria de procurar um partido político para tanto –, ele disse contudo “não precisar de política”. Ainda que a política, eventualmente, possa vir a precisar dele.
“Entrar na política é uma guerra, é um jogo sujo. As pessoas se incomodam até mesmo se você pensa em entrar para a política”. E citou o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a soldo da transnacional Alvarez & Marsal Sergio Moro. “Veja o que aconteceu com o Moro. Precipitou-se, saiu muito cedo, está apanhando adoidado.”
O convite de Lula ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin para compor sua chapa presidencial foi visto por Barbosa como algo que “só um cara muito experiente politicamente” faria.
De qualquer forma, ele acha que o “jogo está longe de estar definido”. “É preciso esperar o começo da campanha de verdade.”
Leia a íntegra da entrevista do ex-juiz Barbosa aqui.