Sergio Moro, ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a soldo da Alvarez & Marsal, “renomada” empresa internacional que tem como clientes empreiteiras brasileiras que o próprio Moro julgou, viveu dias “full monty” de candidato presidencial neste último fim de semana. Recepcionado no Ceará pelo senador Eduardo Girão (Pode), aquele que vê na maconha o que Bolsonaro vê no comunismo, o ex-ex-ex posou de beato de padre Cícero em Juazeiro do Norte, segurou camisas dos dois grandes times do estado em Fortaleza etc. etc..
A agenda repleta vinha bem a calhar, já que na sexta (4), o Tribunal de Contas da União deixou claro que voltou atrás na decisão de arquivar a investigação sobre o contrato milionário do ex-ex-ex com a Alvarez & Marsal, que pode ter sido celebrado sem a devida vênia da Receita Federal.
O salto triplo carpado do TCU gerou tanta comoção nas hostes moristas que até um dos muitos seguidores do candidato no jornalismo latu sensu, o “imortal” Merval Pereira, de O Globo, se sentiu instado a se manifestar. Pelo Twitter, mandou:
“Fazem com Moro o que o acusam de ter feito contra Lula. Manipulam informações, usam de manobras jurídicas antiéticas, quando não ilegais, procuram desmoralizar Moro e os que o defendem.”
Até Moro deve ter achado que a manifestação de Merval passou um tanto do ponto, pois precisou se expressar, também pelo Twiter:
“Os ataques não me intimidam. Não tenho medo de cara feia nem de manobras ilegais. Vamos em frente, até atingir nosso objetivo, com a verdade ao nosso lado. O povo sabe onde ela está.”
Com tudo isso, a selfie com o monumento a padre Cícero mostrou que a body language do candidato segue em evolução – mais ou menos como sua dicção.
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 7, 2022