Romero Rodrigues é uma espécie de rei Midas do mercado digital do Brasil. Fundador do Buscapé, um buscador de preço, site absolutamente certeiro para o tempo em que foi criado, o começo da Internet brasileira, ele se tornou um investidor exitoso.
Romero fez os aportes iniciais de empresas como – atenção – Rappi, Gympass, Olist, Creditas. O índice de unicórnios por startups em que colocou pixo de seus fundos é altíssimo, na casa dos 14%.
Pois bem. Agora separado de seus ex-sócios Anderson Thees e Manoel Lemos, Romero convidou a poderosa XP para integrar seu fundo Headline, que também irriga startups em suas primeiras dentições – o “povo” dessa área prefere “early stages” à expressão osvaldiana “dentição”, fica aqui consignado.
O negócio é bom para os dois lados. Para a XP, coloca a disposição de seus clientes – notadamente os novos ingressantes, que ela tenta com sofreguidão retirar dos bancos –, investimentos muito atraentes; para Romero, abre a possibilidade de um ingresso de capital rápido e democratizado, já que normalmente esse tipo de produto de venture capital se destina a uma elite da elite da elite.
“A gestora que estamos montando tem um formato inédito: um time de gestão completamente independente com experiência de operação e investimentos em startups, uma firma de VC [venture capital] global trazendo os melhores insights, práticas e tecnologias, e o poder e alcance de um dos principais protagonistas do mercado financeiro brasileiro”, disse Romero, em nota.