Assim como o executivo japonês Ken Kutaragi, mais conhecido por ser o inventor do PlayStation, Bernard Arnault parece não estar muito empolgado com o advento do metaverso. Em uma entrevista recente, o fundador e CEO do maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, o LVMH, declarou que ao menos por enquanto não pretende investir na nova tecnologia.
Durante o bate-papo, que serviu para que Arnault falasse sobre os ótimos resultados financeiros do grupo em 2021, o centibilionário até aproveitou para dar uma cutucada em seu maior concorrente, o Kering. É que meses atrás a Gucci (que pertence ao Kering) lançou seu primeiro NFT: um tênis virtual que custava em torno de US$ 12 (R$ 64).
“Não faz parte dos nossos planos no momento vender sneakers que existem apenas virtualmente. Nosso foco é o mundo real”, disse o empresário francês, atualmente o segundo homem mais rico do mundo depois de Elon Musk.
Por enquanto, o maior entusiasta do metaverso entre os megaempresários é Mark Zuckerberg, que até mudou o nome da holding que controla o Facebook e suas filiais para Meta. E não custa dizer que o mesmo Zuck, lá em 2004, costumava ouvir risadas de banqueiros que procurava para investir no Face sempre que dizia acreditar ter em mãos uma empresa com potencial de valer US$ 1 bilhão (R$ 5,33 bilhões; no momento, a capitalização do Meta na bolsa é de US$ 851,6 bilhões/R$ 4,53 trilhões).