Debandada aumenta, e CEO do Spotify tenta contê-la com regras e diretório de “fontes confiáveis”

Daniel Ek, Neil Young, Príncipe Harry e Meghan Markle || Crédito: Flickr/Magnus Höij/Kim Erlandsen/NRK/DoD News photo/ EJ Hersom/ Genevieve

Movimento contra plataforma por abrigar podcast negacionista cresce, e Daniel Ek oferece para insatisfeitos “regras de uso” e link para esclarecimentos sobre Covid-19

A debandada de artistas da plataforma de música e podcasts Spotify, por conta da presença de negacionistas antivax como o comediante Joe Rogan no app, fez com que o CEO e cofundador do Spotify, Daniel Ek, viesse a público na tentativa de conter o movimento.

Ek disse, conforme informou a CNN gringa nesta segunda (31), que irá passar a incluir uma advertência nos episódios de podcasts caso eles contenham menções à Covid-19. A advertência levará a um link de fontes “confiáveis” sobre a vacinação contra a doença.

Também pela primeira vez, a plataforma irá publicar as regras para uso do app por produtores e distribuidores de conteúdo digital – sejam eles exclusivos para o Spotify ou não.

Os medalhões da música pop-folk estadounidense Neil Young e Joni Mitchell encabeçam a fila de defecções, mas outros artistas anunciaram que tirarão suas músicas do Spotify, como Nils Lofgren, da E-Street Band de Bruce Springsteen.

A fundação mantida pelo príncipe Harry, do Reino Unido, e sua mulher, Meghan, também manifestou preocupação com a desinformação veiculada por produtores abrigados no Spotify, sem mencionar explicitamente Joe Rogan, cujo programa é o mais ouvido do app nos Estados Unidos e no Reino Unido . Especialista no tema da vulnerabilidade, a professora e pesquisadora da Universidade de Houston Brenè Brown, uma das vozes mais ouvidas da história dos Ted Talks, também disse que irá engrossar o movimento iniciado por Neil Young.

Daniel Ek não se comprometeu a afastar sua galinha dos ovos de ouro, dizendo que o Spotify está cheio de indivíduos e visões com as quais não concorda. “Não tomaremos uma posição de censor de conteúdo”, disse ele, aduzindo que o Spotify “tornará claro que há regras que precisam ser observadas e “quem as violar terá consequências”.