Se fosse um comentarista de Twitter, o papa Francisco já teria sido chamado de lacrador. Se fosse um integrante do BBB, é provável que rodasse logo nas primeiras semanas. Mas felizmente ele é o cardeal argentino Jorge Bergoglio tornado papa em 2013.
Francisco já demonstrou sua compaixão por uma quantidade bastante vasta de etnias e, mais do que isso, de seres. Sua encíclica Laudato Si colocou o meio-ambiente no centro das preocupações do catolicismo, movimento nada esperado; já em sua mais recente, Fratelli Tutti, chamou atenção para aberrações que as sociedades toleram – a cultura do descarte, o desemprego, o racismo, a pobreza, a desigualdade de direitos etc.
Francisco também avançou sobre alguns dogmas da igreja, problematizando-os. Nesta quarta (26), ele voltou a falar sobre as pessoas de orientação LGBT, pedindo a seus pais que os acolham e “não se escondam” numa postura condenatória.
O papa explicou que o catolicismo romano não aceita a união homoafetiva – talvez sejam necessários mais alguns milênios para esse preceito cair –, mas que deve apoiar leis civis destinadas a dar a casais LGBT direitos igualitários.