No que talvez tenha sido o gesto mais eloquente de sua contraposição aos planos de expansão geopolítica da Rússia, os Estados Unidos ofereceram apoio financeiro e simbólico ao país – in loco. O secretário de Estado estadounidense, Antony Blinken, foi a Kiev, capital ucraniana, e de lá nesta quarta (19) instou países aliados do Ocidente a resistir ao que chamou de “agressão implacável” da Rússia à Ucrânia.
Como se sabe, o Kremlin pressiona a vizinha Ucrânia para manter-se fora da Otan, o acordo militar dos países da Europa Ocidental, e os argumentos usados nessa campanha são eloquentes: 100 mil militares estacionados na fronteira dos dois países.
“Os ucranianos escolheram a democracia e um caminho europeu em 1991. Eles tomaram a Maidan [praça central de Kiev] para defender essa escolha em 2013, e desafortunadamente desde então vêm enfrentando agressão implacável de Moscou”, disse Blinken.
“Nossa força passa por preservar nossa unidade, e essa unidade inclui a Ucrânia”, disse ao lado de Volodymyr Zelenskyy, o presidente ucraniano.
Os Estados Unidos transferiram para os cofres ucranianos US$ 200 mi para ajuda em defesa militar.
Na sexta (21), Blinken encontra o ministro russo das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Genebra, que vem subindo o tom de suas falas e já disse que espera mais do que “palavras” dos líderes ocidentais – a tradução explícita é, como naquele lema setentista: “Tirem as mãos do leste europeu”.