Depois da “FT” e da “Time”, é a vez do “NYT” apresentar Luiza Trajano a seus leitores

Luiza Helena Trajano || Crédito: Fórum Econômico Mundial

Ações afirmativas em processo seletivo do Magalu foram destacadas no perfil da bilionária; empresária não repercutiu publicação do “New York Times”, preferindo falar de liquidação

A rotina de ser perfilada pelos principais jornais do mundo deve já estar a ficar um tanto tediosa para a empresária bilionária brasileira Luiza Trajano. Ao menos desta vez ela teve o privilégio de ser o primeiro “perfil de sábado” (Saturday profile) de 2022 do jornal estadounidense The New York Times.

A publicação ocorreu no sábado (8).

Escrito por Ernesto Londoño, o perfil já deixa claro desde o título que o ponto que os editores queriam sublinhar na trajetória da chair e controladora do Magalu era uma decisão que talvez não tenha sido tomada solitariamente por ela, mas também por seu filho, Fred Trajano, CEO do Magalu: a determinação da empresa de fazer processo seletivo de trainees exclusivamente negros, maneira que o Magalu encontrou de se “posicionar”, para usar a palavra escolhida pelo NYT, contra o racismo estrutural brasileiro.

“O Magazine Luiza considerou isso uma medida necessária para diversificar seu nível gerencial e atacar o legado hediondo de racismo no Brasil, onde a escravidão não foi abolida até 1888”, escreveu Londoño.

Como era de se esperar, falou-se na reportagem que Luiza foi instada a entrar na política e que o ex-presidente Lula, que é sempre citado como o preferencial companheiro de chapa presidencial da empresária, assinou o pequeno perfil sobre ela para a revista Time, quando Luiza, em 2021, foi considerada pela decana publicação uma das cem pessoas mais influentes do mundo.

Diferentemente de outras vezes, Luiza não repercutiu a reportagem em suas redes sociais, preferindo dedicar suas postagens de sábado a uma liquidação anual pós-Natal do Magalu.