Confira quatro tendências tecnológicas que prometem invadir nossa vida em 2022

Metaverso, casa inteligente, dispositivos de saúde, carros elétricos... essas são as apostas do universo tech para este ano

A cada ano inúmeras tecnologias surgem para abalar os amantes do universo tech… e suas respectivas contas bancárias. Mas quem resiste? Muitas “tendências” reaparecem, já que a tecnologia leva algum tempo para amadurecer antes que a maioria das pessoas realmente queira comprá-la. E isso se aplica a 2022, com a promoção de coisas das quais você já deve ter ouvido falar, mas ainda não chegou ao ponto de consumir. Um exemplo é a realidade virtual. Espera-se que seja o centro das atenções este ano, puxado pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e seu investimento no metaverso.

Outra categoria badalada será a ‘casa inteligente’, tecnologia ainda tímida do lado de baixo do Equador, mas que está na ordem do dia nos EUA. Controlar eletrodomésticos gritando comandos de voz em um alto-falante ou pressionando um botão em um smartphone é o must have da temporada. A verdade é que a indústria vem tentando empurrar esse tipo de modernidades para dentro de nossos lares há mais de uma década. E ao que tudo indica, este ano esses produtos podem finalmente se tornar realidade.

Aqui estão quatro tendências tecnológicas que prometem invadir de vez nossas vidas em 2022:

1. Bem-vindo metaverso
Por mais de uma década, os tecnólogos sonharam com uma era em que nossas vidas virtuais desempenhassem um papel tão importante quanto a realidade física. Em teoria, passaríamos muito tempo interagindo com nossos amigos e colegas no espaço virtual e, como resultado, gastaríamos dinheiro lá também em roupas e objetos para nossos avatares digitais.

Apesar de soar como algo saído de filmes de ficção científica, durante o segundo ano da pandemia uma soma de fatores ajudou a tornar o metaverso uma realidade, puxado também pelo avanço da tecnologia. No ano passado, o Facebook anunciou que havia mudado seu nome para Meta depois de produzir 10 milhões de unidades de seu fone de ouvido de realidade virtual, o Quest 2.

Por outro lado, muitos de nós estavam dispostos a fazer alarde sobre nosso eu digital. Hordas de investidores compraram NFTs, ou tokens não fungíveis, que são objetos digitais únicos adquiridos com criptomoeda. Investidores, entre eles algumas celebridades, como o rapper Eminem, investiram centenas de milhares de dólares para ingressar em um iate clube virtual.

E há mais por vir este ano. A Apple planeja lançar sua versão de um fone de ouvido de realidade virtual, que se parecerá com um óculos de esqui e contará com um dispositivo de computação separado para ser usado em outras partes do corpo.  O Google também vem desenvolvendo produtos para este mercado há anos, e a Microsoft oferece um headset de realidade virtual para empresas e agências governamentais.

2. A casa inteligente
Nos últimos anos, aparelhos domésticos inteligentes, como termostatos conectados à Internet, fechaduras de portas e aspiradores de pó robóticos chegaram às casas norte-americanas. Os dispositivos tornaram-se acessíveis e funcionaram de forma confiável com assistentes digitais como Alexa da Amazon, Assistente do Google e Siri da Apple.

No entanto, a casa inteligente, em sua maior parte, permanece caótica. Muitas dessas engenhocas não funcionam bem com outras tecnologias. Algumas fechaduras, por exemplo, funcionam apenas com telefones Apple e não Androids; alguns termostatos são controlados pelo Google Assistente e não com a Siri.

A falta de compatibilidade criou problemas a longo prazo. Um bloqueio compatível com Apple não é útil para o membro da família ou futuro inquilino que prefere o Android. Seria mais conveniente se os dispositivos domésticos pudessem realmente conversar uns com os outros, como uma máquina de lavar dizendo a uma secadora que uma grande carga está pronta para ser secada.

Neste ano, os maiores rivais da indústria de tecnologia – Apple, Samsung, Google e Amazon – planejam lançar e atualizar gadgets domésticos para funcionar com o Matter, novo padrão que permite que esses dispositivos se comuniquem entre si, independente do assistente virtual ou da marca do telefone.

Isso significa que ainda em 2022, quando você comprar uma fechadura automática, por exemplo, deve procurar uma etiqueta indicando que o dispositivo é compatível com o Matter. E, em um futuro próximo, seu despertador inteligente poderá dizer às suas luzes inteligentes para acenderem quando você acordar.

3. Saúde conectada
Dispositivos fitness como o Apple Watch e o Fitbit, que nos ajudam a monitorar movimentos e frequência cardíaca, já são super populares. Por essas e outras, as empresas de tecnologia estão testando dispositivos ainda menores que reúnem dados mais detalhados sobre nossa saúde.

A Oura apresentou recentemente um novo modelo de seu Oura Ring, anel com sensores que rastreiam as métricas, incluindo a temperatura corporal, para prever com precisão os ciclos menstruais. Esta semana na CES, feira de tecnologia de Las Vegas, a Movano, outra start-up desse universo, revelou um anel semelhante que reúne dados como frequência cardíaca, temperatura e outras medidas para informar o usuário sobre doenças crônicas.

Entretanto, médicos alertam sobre as consequências desses aparelhos. Sem o contexto adequado, os dados poderiam ser usados ​​para diagnosticar doenças sem importância e criar uma horda de hipocondríacos.

4. Carros elétricos
No ano passado, o presidente Biden anunciou uma meta ambiciosa: metade de todos os veículos vendidos nos Estados Unidos seriam eletrificados até 2030. E as principais montadoras do país arregaçaram as mangas e já estão promovendo seus carros elétricos. Nessa semana, a Ford anunciou planos de aumentar a produção de sua picape elétrica F-150 Lightning, e a General Motors avisou que planeja lançar uma versão movida a bateria de sua picape Chevrolet Silverado. Outras montadoras, como a Mercedes-Benz, compartilharam planos de lançamento de carros elétricos nos próximos anos.

Embora haja muita publicidade em torno desses veículos, o consumo desses carros não deve disparar em 2022.  Apesar de haver muitos protótipos, a oferta ainda é tímida para que os eletrificados sejam produzidos em quantidade suficiente para ganhar as ruas. Também é necessária a implantação generalizada de energia solar e estações de carregamento. Por enquanto, a Tesla sai na frente já que vem apostando nesse filão há anos.