Depois de na quinta (16) parabenizar o “brilhante” novo colega de STF André Mendonça, Gilmar Mendes ficou lindo, leve e solto para libertar a voz contra pautas mais ou menos governistas. No domingo (19), foi ao Twitter para emprestar solidariedade aos técnicos da Anvisa “perseguidos”, o que chamou de “vergonha nacional”. Não citou o mais claro e frequente perseguidor, Jair Bolsonaro, preferindo dizer que a ação “mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país”.
Nesta segunda (20), em entrevista ao UOL, voltou a condenar os ataques aos funcionários da agência sanitária, mas logo descambou para os abusos de autoridade das outrora vestais da Lava Jato, tendo como principal alvo o ex-ex-ex Sergio Moro e, em seguida, a tchurminha de promotores de Curitiba.
“Vimos declarações dele [Moro] de que já tinha recebido convite de Bolsonaro para ser ministro entre o 1º e o 2º turno. Portanto, ele já estava em uma condição de dificuldade de ser imparcial. Ele já fazia uma atividade político-partidária sob as vestes da toga, como juiz. Agora, pelo menos, seguiu o caminho normal. Vai fazer política, vincula-se a um partido politico.”
E mais:
“Grampear advogado, fazer uma combinação com o procurador, receber sugestões sobre testemunha, controlar delações, usar prisão preventiva alongada para propiciar delações… Tudo isso é formalidade? É tudo tão explícito que nos ajuda a ver com muita clareza para aqueles que eventualmente não tinham visto.”
Veja a entrevista.