Deve ser dura a vida de parlamentares que passam boa parte de seu mandato na defesa do que tantas vezes beira o indefensável. Junto com Luis Carlos Heinze (PP-RS) e o indefctível Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) apoiou 100% a ação do governo Bolsonaro nas sessões da CPI da Covid-19, desdobrando-se numa luta pela cloroquina, pela interpretação da ciência e pelos supostos malfeitos do Consórcio Nordeste, bandeira máxima do colega Girão.
Mesmo assim, isso não garantiu ao autor do bordão no imperativo “Atentai, Brasil” nem ao menos um chamego do presidente da República. Nesta terça (14), conforme revelou o site PODER 360, Jair Bolsonaro foi perguntado pela claque habitual de seu cercadinho sobre o senador de Rondônia. O presidente respondeu então que não emprestará apoio a políticos em 2022, apenas no segundo turno.
No primeiro turno, o apoio iria apenas para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que Bolsonaro quer ver concorrer ao governo de São Paulo.
A coisa toda é surreal, como sói acontecer neste governo, pois Rogério nem ao menos precisa renovar seu mandato em 2022. Neófito no Senado, seu termo só expira em 2027.