Luís Roberto Barroso

Luís Roberto Barroso || Crédito: Nelson Jr,/SCO/STF

Ministro do STF e atual presidente do TSE domina noticiário por decisão sobre passaporte vacinal e apresentação das novas urnas eletrônicas

É difícil reclamar da produtividade dos ministros do STF nos anos de Jair Bolsonaro como chefe do Executivo. Tendo mandado a prosaica harmonia entre os poderes para o espaço e editado decretos e medidas provisórias muitas vezes ao arrepio da Constituição, seu governo tonificou o dia a dia dos juizes do Supremo.

(Isso para não falar dos ataques pessoas de Bolsonaro a figuras como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que os obriga, em alguns casos, a replicar.)

Com tudo isso, a agenda quente dos últimos dias em Brasília foi pilotada por Barroso. Neste fim de semana, ele determinou que o governo brasileiro exija comprovação de vacinação contra a Covid-19 de estrangeiros que entram no Brasil, algo que contraria a manifesta vontade de Bolsonaro.

Nesta segunda (13), Barroso voltou ao noticiário por outro motivo. Também presidente rotativo do TSE, função que passa para Moraes em 2022, ele apresentou as novas urnas eletrônicas, outro dos velhos e estúpidos cavalos de batalha de Bolsonaro. Segundo explicou aos jornalistas, elas têm processadores 18 vezes mais rápidos que as urnas utilizadas em 2018 e baterias de menor custo de ativação.

Depois de apresentado o equipamento, que não substituirá 100% do acervo de 2018, Barroso pontificou:

“Não temos controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que o homem não chegou à lua”, disse, em referência aos bolsonaristas que ainda insistem na tecla por ora abandonada por Bolsonaro.

E sobre o principal argumento de defesa das urnas, voltou a explicar: “Tudo é vulnerável no mundo em rede. O que fizemos foi tirar a urna da rede. Não tem como atacar a urna.”