Depois do ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a soldo de empresas que ele mesmo julgou Sergio Moro entrar de vez na campanha presidencial (que ele, pudico, só consegue chamar de “projeto que faça sentido”), é a vez de um velho medalhão da política brasileira, o ex-presidente Michel Temer, tatear o cenário.
À sua maneira cheia de ornatos e cornijas verbais, Temer disse à Record News, nesta terça (7), “apenas por hipótese”, o seguinte: “Se em dado momento, houver uma conjunção nacional, vários setores, quase o Brasil inteiro dizendo ‘ele [Temer] é a solução, porque já teve experiência, já fez’, daí, posso examinar.”
Waaal, que gesto de grandeza esse não seria. Difícil é saber, dada a impopoularidade recorde que amealhou em seus dois anos e pouco de mandato, com quem Temer disputaria espaço na tal terceira via. João Doria e Alessandro Vieira (Cidadania) e, do jeito que as coisas andam, talvez mesmo Ciro Gomes (PDT)?
De qualquer forma, caso decida promover esse lindo ato de renúncia pessoal, Temer teria de se entender com seu partido, o MDB, que já anunciou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet para 2022.