Revezamento de neófitos do PSL à frente da CCJ esnoba Vitor Hugo

Vitor Hugo e Bia Kicis || Crédito: Cleia Viana/Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Acordo que previra deputado à frente da Comissão de Constituição e Justiça faz água com fusão da sigla com o DEM; liderança na Câmara é vista como “prêmio de consolação”

Quando o bolsonarismo estava um tanto mais na moda (vai vendo) e o PSL era o maior partido da Câmara, foi dada à legenda o privilégio de indicar os presidentes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Desde então, o líder do partido na Câmara, Major Vitor Hugo (GO) sonha em ocupar a vaga que já chegou a lhe ser prometida.

Eis o plano: Felipe Francischini (PSL-PR) ficava lá no primeiro ano, Major Vitor Hugo (PSL-GO) em 2020 e, Bia Kicis (PSL-DF), já na nova legislatura Lira, à frente da CCJ no terceiro ano. O último seria de quem tivesse o melhor desempenho. Aspas em melhor.

A pandemia fez com que o mandato de Francischini durasse mais do que o previsto, aproveitando a deixa de Vitor Hugo. Quando o goiano quis ficar com o bastão, Bia Kicis fechou-lhe a porta. Levou,  como prêmio de consolação, a liderança do partido e a promessa de que seria presidente da CCJ em 2022.

Mas agora, com o PSL fundindo-se ao DEM, não vale mais o escrito.

Consultor legislativo da Câmara e deputado que a ocasião fez –, Vitor Hugo terá que se fortalecer muito mais se quiser disputar à reeleição. Para o Senado, vixe.