Uma causa para o Partido Novo: o destino do touro da B3

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Na impossibilidade de influir no debate nacional, dogmáticos liberais ganham um tema para abraçar; vereador de Porto Alegre pelo partido sugere “ bull parade”

Na impossibilidade prática de debater temas mais relevantes, políticos eleitos pelo partido Novo agora parecem ter encontrado uma causa: o destino do touro sans-papier que durou alguns dias no calçadão do Centro Velho de São Paulo.

Como se sabe, o touro é cópia explícita e escarrada do bicho-símbolo da bolsa de Nova York, o que já havia criado conflitos de tintas ideológicas. Mas sua retirada, pela prefeitura de São Paulo, obedeceu preceitos legais: ele era clandestino.

Em desagravo ao touro, aos mercados e provavelmente à livre-iniciativa, o vereador porto-alegrense Felipe Camozzato foi ao Twitter nesta semana munido de duas perguntas: “Já que São Paulo fechou suas portas, que tal POA receber a estátua?”; e depois: “Já tivemos a cow parade, que tal uma bull parade!?”

Críticos do vereador lembraram de um tuíte recente em que ele concordava com a prefeitura da capital gaúcha em negar patrocínio à muito tradicional Feira do Livro local, já que isso, segundo a doutrina liberal da sigla, não caberia ao agente público.