Diversidade passa longe do PL, o partido que deseja (ou não) Bolsonaro

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Presidente vai se sentir em casa se ingressar na sigla de Valdemar Costa Neto: com raríssimas mulheres e negros, PL tem no site da seção paulista triste retrato

Neste sábado (20) é comemorado no Brasil o Dia da Consciência Negra, e mais uma vez discursos serão ouvidos pedindo equidade nas instituições, no mundo corporativo, na sociedade.

Curiosamente, o senador Romário (PL-RJ), segundo vice-presidente da Casa, assumiu interinamente e por poucos dias a presidência do Senado, e em seu discurso de “inauguração” de mandato fez alusão a ser negro.

Mas o próprio PL deve bastante nesse particular.

Um exemplo é a seção paulista do PL, onde há 17 figuras que aparecem na homepage do site e apenas um deles, o deputado federal Tiririca, pode ser considerado negro. É simplesmente deprimente: no centro, aparecem apenas duas mulheres. A verdade é que o PL paulista não é exceção: a política é um patriarcado, com dois terços de seus integrantes, grosso modo, sendo homens brancos de mais de 45 anos.

Embora exista um braço “mulher” do PL, elas representam cerca de 15% dos integrantes do partido. Não existe nenhuma ala que foque em diversidade. Caso Bolsonaro consiga vencer o “1%” que falta para celebrar seu cada vez mais problemático casamento com o partido presidido pelo ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto, o presidente certamente sentir-se-á em casa.