Raras são as pessoas que erram ao criticar o ministro da Economiazinha, Paulinho Guedes. O ministro é useiro e vezeiro em fazer e externar previsões furadas – brevemente: que seriam necessários de R$ 3 bi a R$ 5 bi para combater a pandemia de Covid-19, um erro de pelo menos 200 vezes; que o país arrecadaria R$ 1 tri em imóveis, apesar do patrimônio possível de ser passado nos cobres seja 9% disso.
São tantas as vezes que Paulinho chuta para o mato, longe demais do alvo, que esses erros acabam por eclipsar outra característica sua, a demofobia: “festa danada”, “filho do meu porteiro que entrou no vestibular”, “restos de comida” etc.
Assim, a declaração do senador Omar Aziz (PSD-AM) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça (9), de que o cérebro de Paulinho é “obsoleto”, seria bastante aceitável, não fosse o pressuposto errado.
Aziz, como todo político do Amazonas, não quer nem ouvir falar de que alguém toque na Zona Franca de Manaus, que obtém benefícios fiscais de entes diversos para manter indústrias que estão longe de ser benchmarks fabris.
(E na hipótese de haver benchmarkings fabris, há aquelas que se servem de subsídios para gerar produtos que não deveriam ser dignos deles, como refrigerantes)
Guedes havia usado o adjetivo “obsoleto” ao se referir à produção industrial “à base de incentivo” da Amazônia e, incrivelmente, acertou.