Resultados sólidos da Netflix não apagam crise de imagem provocada por show de Chappelle

Dave Chappelle || Créditos: Mathieu Bitton/Netflix

Mesmo com 900 mil assinantes além do projetado, dias têm sido tensos na empresa por ofensas a público LGBTQ em especial de comediante; CEO Ted Sarandos reconhece erro em comunicação interna

Apesar dos bons resultados do terceiro trimestre divulgados esta semana – 900 mil assinantes a mais do que projetado –, o Netflix vem enfrentando neste mês uma de suas principais crises de imagem.

A decisão de colocar no ar, há duas semanas, o especial The Closer, do comediante Dave Chappelle, que contém piadas que foram consideradas bastante ofensivas ao público LGBTQ, trouxe descontentamento a colaboradores da empresa de streaming.

Ted Sarandos, CEO da Netflix, pronunciou-se no dia 8 de outubro, afirmando que o programa não “cruzava a linha” e que não “feria a vida real”. Diante dessa manifestação, cerca de mil colaboradores prometeram fazer uma paralisação virtual, em protesto.

Nesta semana, Sarandos capitulou. Disse que ssua comunicação interna era equivocada e que ele deveria ter reconhecido que alguns colaboradores sentiram-se “muito mal com sua decisão”. E retirava a opinião de que o especial não “feria a vida real”.

Ainda que os colaboradores da Netflix não quisessem a censura ao programa, conforme revelou a revista Time, mas apenas uma advertência do conteúdo polêmico, a empresa deve doravante tomar mais cuidado com esse tipo de polêmica. Um e cada seis integrantes da Geração Z  se identifica como LGBTQ, segundo pesquisa Gallup feita em 2020.

Eles serão os novos assinantes da Netflix a qualquer momento.