PP, com ou sem PL, namora Bolsonaro

Jair Bolsonaro, Arthur Lira e Ciro Nogueira || Crédito: Isac Nóbrega/PR/Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Beto Barata/Agência Senado

A despeito da péssima gestão da pandemia, dos ataques à democracia e do empobrecimento do país, “grife Bolsonaro” ainda é capaz de puxar votos, fundamental para as burras dos partidos – eis a lógica

Se a fusão entre PP e PL vingar, é para lá que vai o presidente Jair Bolsonaro.

E isso pode acontecer mesmo que as siglas sigam separadas.

No Nordeste, a penetração do PP é vital para o presidente superar suas já proverbiais dificuldades eleitorais, especialmente numa eleição em que deverá ter o ex-presidente Lula como adversário.

Mesmo que o nome de Bolsonaro seja identificado com a péssima gestão da pandemia, com o empobrecimento geral do país e de sua população, com ataques à democracia, com o privilégio concedido a familiares e com a transferência de responsabilidades para outras instâncias de poder, os membros da família Bolsonaro ainda são capazes de puxar votos nas eleições proporcionais, o que significa mais recursos oriundos dos fundos partidário e eleitoral para as legendas que os abrigam.

Não se sabe até quando isso vai durar, mas dois dos donos do PP, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (AL), e o ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o senador licenciado Ciro Nogueira (PI), personificam (neste momento) o projeto Bolsonarista.