Se a fusão entre PP e PL vingar, é para lá que vai o presidente Jair Bolsonaro.
E isso pode acontecer mesmo que as siglas sigam separadas.
No Nordeste, a penetração do PP é vital para o presidente superar suas já proverbiais dificuldades eleitorais, especialmente numa eleição em que deverá ter o ex-presidente Lula como adversário.
Mesmo que o nome de Bolsonaro seja identificado com a péssima gestão da pandemia, com o empobrecimento geral do país e de sua população, com ataques à democracia, com o privilégio concedido a familiares e com a transferência de responsabilidades para outras instâncias de poder, os membros da família Bolsonaro ainda são capazes de puxar votos nas eleições proporcionais, o que significa mais recursos oriundos dos fundos partidário e eleitoral para as legendas que os abrigam.
Não se sabe até quando isso vai durar, mas dois dos donos do PP, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (AL), e o ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o senador licenciado Ciro Nogueira (PI), personificam (neste momento) o projeto Bolsonarista.