Grande decisões políticas ocorrem nos restaurantes de Brasília – ou dependem deles. São almoços, jantares, festinhas privadas feitas sob o pretexto da informalidade para se tratar sobre tudo: leis, crimes, indicações de cargos públicos.
Observadora deste metiê, a jornalista Liana Sabo, colunista de gastronomia do jornal Correio Braziliense, lançou suas memórias capitaneadas pela coluna semanal Favas Contadas, que assina desde 1993.
Chamado Histórias dos Sabores que Vivi, o livro de Liana traz um compilado de histórias envolvendo a política feita em Brasília, curiosidades como um empresário que coleciona antigos cheques de ex-presidentes da República, usados para pagar contas em seu restaurante.
Ou, ainda, detalhes sobre a trajetória da chef brasiliense Roberta Sudbrack, especializada em comida brasileira e que teve em suas mãos a gerência da poderosa cozinha do palácio da Alvorada, na gestão FHC.
Fala-se, também, sobre o primeiro “delivery” surgido na capital, para atender o então impopular ex-presidente Fernando Collor, que adorava um restaurante francês que parou de frequentar pouco antes do impeachment.
A inusitada história sobre a generosidade da mulher de Ernesto Geisel, que doava roupas pretas e sapatos número 44, do finado ex-presidente, para eventos de caridade, também está nas páginas do livro, que revela, ainda, o destino do jogo de chá feito em prata, sob medida para o Hotel Nacional de Brasília, usado para receber a rainha Elizabeth II, em 1968.
O livro pode ser encontrado aqui: bonissimo.blog/loja/