Em 2013, um estudo com cerca de 800 CEOs feito pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, indicou que aqueles com tom de voz mais grave – ou mais masculina – eram mais propensos a ser mais bem sucedidos na carreira – e, consequentemente, melhor remunerados. Quase dez anos depois, avaliação análoga endossa a tese.
Em artigo publicado em 2 de setembro no Journal of Management Studies, Krishnan Nair, Wagas Haque e Steve Sauerwald , da Northwestern University, dos Estados Unidos, sustentam que ter uma voz mais intensamente masculina é “benéfica” aos homens em posições de liderança por “sinalizar” força física. “Propomos que a masculinidade vocal do CEO influencia positivamente do início da carreira do líder, por [estimular] viés de percepção de qualidade”, escrevem os pesquisadores.
Quem é estimulado é membro de board, de conselhos administrativos, cuja função é avaliar, promover e eventualmente substituir o CEO.
Assim como na pesquisa de 2013, com líderes de empresas listadas na bolsa S&P 500, os CEOs pesquisados no estudo contemporâneo dirigem empresas que integram a bolsa de Londres. A notícia foi publicada no Brasil em matéria do site Capital Reset.
Se transferido para a política, o estudo traria más notícias para João Doria em sua pretensão presidencial. Como não há nenhum político no Brasil com voz mais grossa que a do governador gaúcho, Eduardo Leite, o paulista poderia dar adeus a suas pretensões presidenciais já em novembro, nas prévias do PSDB.