Clima aumenta em Brasília com reações inopinadas de ministros supostamente equilibrados

Marcelo Queiroga E Wagner Rosário || Crédito: Reprodução/Leopoldo Silva/Agência Senado

Tidos como apaziguadores, Wagner Rosário, da CGU, e Marcelo Queiroga, da Saúde, ajudam a aumentar tensão em torno do primeiro escalão presidencial

Ao dizer que o clima aumentou, em Brasília, muita gente sequer lembra que a cidade está especialmente quente, com a temperatura batendo o recorde de 37,1 graus Celsius para setembro nesta terça (21).

O clima na política tem sido medido pela fervura das últimas atitudes dos ministros do governo Jair Bolsonaro, como Marcelo Queiroga (Saúde) e Wagner Rosário (Controladoria-geral da União).

O primeiro mostrou o dedo médio na segunda (20), durante deslocamento da comitiva presidencial, em Nova York, ao passar por um protesto. O segundo subiu o tom com a senadora Simone Tebet (MDB-MT) durante suas explicações na CPI da Covid, nesta terça (21), chamando a parlamentar de “descontrolada”.

Tanto Queiroga quanto Rosário são vistos como figuras apaziguadoras, educadas, de fino trato. E por isso a surpresa.

Rosário fez um pedido estranho de desculpas à senadora, via Twitter, aproveitando para estender às mulheres em geral o que Sergio Moro chamaria de “escusas”. “Senadora Simone Tebet, apesar de tê-lo feito pessoalmente, reitero meus pedidos de desculpas caso minhas palavras tenham lhe ofendido. Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente. Estendo minhas desculpas a todas mulheres que tenham se sentido ofendidas”, publicou.

Queiroga fez a egípcia – e acabou tendo de ficar por Nova York mesmo ao descobrir, por teste, que contraiu a Covid-19. O ministro irá ficar de quarentena por lá. Chato.