Senado discute mudanças climáticas com Greta Thunberg

Greta Thunberg e Jaques Wagner || Crédito: Streetsblog Denver/WikiCommons/Jefferson Rudy/Agência Senado

Ativista sueca diz que indígenas estão sendo mortos "por proteger a terra"; consultor climático David King relata perdas da América do Sul com eventos extremos em US$ 3 bi

Sessão temática do Senado Federal nesta sexta (10) discutiu as mudanças climáticas e o relatório do Painel Intergovenamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) divulgado em agosto. O encontro virtual teve como estrelas a ativista sueca Greta Thunberg, que chamou atenção para o direito dos povos originários. “Os direitos dos indígenas e a justiça climática caminham lado a lado. Eles cuidaram da natureza por milênios e estão sendo ameaçados e mortos por protegerem a terra.”

Sobrou, evidentemente, para o Brasil. “O Brasil não começou essa crise, mas acrescentou muito combustível nesse incêndio. O Brasil não tem desculpas para não assumir sua responsabilidade.”

Presidente da Comissão do Meio Ambiente da Casa, o senador Jaques Wagner (PT-BA)  disse que o aquecimento global “não é mais uma questão ideológica”, é “questão de bom senso”, e a peça do IPCC é uma “sirene tocando nas nossas mentes”.

Ex-assessor científico do governo britânico e consultor climático, David King informou que as perdas na América do Sul por conta de eventos extremos em 2020 somaram US$ 3 bilhões.

Por fim, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), alertou para o uso de agrotóxicos no Brasil. “Em 2 anos e 8 meses, o Brasil aprovou 1 144 novos agrotoxócios. Isso degrada, agride, e a população originária é a que mais sofre”.