Ex-ministro do Planejamento do governo Sarney, o primeiro da redemocratização, quando fez uma dupla bastante díspar com o conservador Francisco Dornelles, ministro da Fazenda, o economista e acadêmico morreu neste domingo (5), em São Paulo, aos 75 anos.
Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês fazendo tratamento oncológico. Formado na Faculdade de Economia e Administração da USP, a famosa FEA, doutorou-se por Yale e chegou à administração pública no governo Franco Montoro, em São Paulo, o primeiro eleito de forma direta, após o ciclo militar.
No governo Sarney, participou da formulação do Plano Cruzado, a primeira tentativa frustrada de derrubar a inflação com desvalorização monetária e congelamento de preços, plano econômico que logo faria água.
No começo dos anos 2000, ainda seria secretário de Finanças da prefeitura de São Paulo na gestão Marta Suplicy (PT) e secretário de Cultura do Estado de São Paulo no governo de José Serra (PSDB). De 2010 a 2012 presidiu a Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura.
Políticos e economistas de diversos credos ideológicos, de Xico Graziano a Fernando Haddad e Eduardo Suplicy, se manifestaram no Twitter demonstrando muito pesar. O ex-prefeito de São Paulo considerou-o “uma das pessoas mais admiráveis que conheci”.
A ex-prefeita Marta Suplicy disse que ela e Sayad “eram amigos” e que “tiveram muito a comemorar em realizações pessoais e na política”.
Em 2006, Sayad escreveu este bonito texto na revista Piauí falando de seu retorno às missas católicas de domingo que frequentava na infância e juventude.