Uso facultativo de máscaras no Planalto não vale (ainda) para Saúde

Crédito: Clauber Cleber Caetano/PR

“Pátria de máscaras”, na expressão de Marcelo Queiroga já não funciona para cerimônias no palácio do Planalto, mas obrigação de utilização segue no ministério da Saúde

O anúncio feito nesta quinta-feira (12) sobre o uso facultativo de máscaras nas cerimônias do palácio do Planalto pegou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de calças curtas. Ele nem estava sabendo da determinação.

(Flashback rápido: o ex-ex-ministro da Saúde Nelson Teich sabendo pelos jornalistas das atividades liberadas de determinados grupos profissionais sem sua autorização)

A ideia surgiu durante os despachos da manhã, quando o presidente Jair Bolsonaro conversou com dois assessores e tomou a decisão rapidamente. Ele já não é adepto ao uso de máscaras, como o país inteiro sabe.

Formalizou-se o retrocesso sanitário quando o mestre de cerimônias do Planalto anunciou, em apresentação de militares promovidos do Exército e da Aeronáutica na tarde de quinta (12), que “o uso de máscaras é opcional”. O informe foi proferido por Lademir Filippin, uma espécie de Lombardi presidencial até no tom de voz encorpado e caricato, que fez uma pequena pausa antes de terminar a frase.

Sem poder intervir na decisão do chefe, Queiroga mandou comunicar a equipe do ministério que, por lá, as coisas continuam iguais e a máscara segue como item indispensável. Tanto que é a única pasta da Esplanada dos Ministérios que incluiu a compra de máscaras como “item essencial”.

Assim, os desavisados não têm desculpa: se está sem máscara, basta pegar uma na recepção. Caso contrário, não pode subir.