Bolsonaro voltou a falar nesta segunda (9), no palácio do Planalto, em entrevista para uma rádio baiana, em mandar para o Congresso um projeto de lei que impede que as redes sociais derrubem postagens baseadas em suas próprias premissas e regras de utilização.
Bolsonaro costuma falar em “censura” quando essas redes derrubam, por exemplo, postagens sobre métodos protetivos contra a Covid-19 sem comprovação científica. Sua pregação pró-cloroquina, por exemplo.
Para que ´possam seguir a agir dessa maneira, Twitter, Facebook, Instagram, YouTube etc. teriam então de obter autorização judicial. Bolsonaro não quer, como explicou, que o Brasil viva uma situação análoga a dos Estados Unidos, em que, segundo o PR, ” quem apoiava [Donald] Trump era censurado e quem não apoiava era exaltado”. “Não temos outra alternativa a não ser nos socorrermos no Parlamento”, afirmou.
“Censurar” Trump, no caso, significou tentar não permitir que as redes servissem de meio de propagação de ideias contra o Estado Democrático de Direito, como os ataques orquestrados contra o Capitólio em 6 de janeiro, antes da posse de Joe Biden.
Para o professor Armando Guedes, da Universidade Federal de Goiás (UFG), “isso sinaliza, além de tudo, que o presidente está disposto a comprar uma nova briga” com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Vai tirar a culpa dos caras que controlam o Twitter, por exemplo, e botar na conta dos magistrados brasileiros”.