Quem visita o gabinete do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) normalmente se impressiona com suas dimensões, cerca de 70 metros quadrados.
Mas se impressiona ainda mais com o mobiliário, cheia de peças assinadas.
Como a espreguiçadeira Rio, desenhada por Oscar Niemeyer, colocada lá nos idos de 2015, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu fazer um agrado ao ministro Francisco Falcão, que estava na presidência do tribunal.
Originalmente, a peça fazia parte do acervo da Presidência da República, que ainda tem uma gêmea da espreguiçadeira no palácio da Alvorada, em Brasília.
Dilma era cheia de excentricidades envolvendo peças de decoração. Uma vez, numa solenidade, elogiou um tapete que estava no ministério das Relações Exteriores (MRE) e determinou que o dito cujo fosse levado para “uma temporada no Alvorada”. Quando saiu do evento, o objeto já estava quase chegando a seu destino.
Trocas de móveis são comuns entre os poderosos de Brasília. Marcela Temer, mulher do ex-PR Michel Temer, também fez lá suas intervenções no Alvorada. Mandou trocar os tapetes vermelhos (“questão de gosto”) e o forro de umas cadeiras de jantar. Sempre preferiu azul.
O casal Bolsonaro colocou um frigobar na suíte master (tem outro numa copa anexa à salinha que antecede o cômodo) e um computador no closet do presidente.
Ele acha o escritório muito distante do quarto para suas madrugadas insones.