O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) revelou ao jornal Valor Econômico, em entrevista publicada nesta segunda (19), que o governador gaúcho, Eduardo Leite, “é a cara do futuro do PSDB”.
Tasso, Leite, o governador paulista João Doria e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, até o momento mantêm seus nomes para a disputa de novembro, as prévias da sigla com vistas à eleição presidencial de 2022. Tasso não acredita, contudo, que os quatro “sobrevivam” até novembro.
“Haverá um afunilamento, um maior entendimento entre os pré-candidatos. Evidentemente, quem entrar na disputa terá o compromisso e o dever moral de apoiar aquele que vier a ganhá-la.”
Na entrevista, Tasso parece querer acreditar que os pleiteantes do PSDB vão abandonar suas candidaturas por amor de um nome de consenso, que pode ser, inclusive, de outro partido. Aos 72 anos, o senador parece que voltou a acreditar em Papai Noel.
”Aquele que tiver o poder de aglutinar mais forças ao redor dele é quem deve ser o candidato do PSDB, essa é a grande definição. Não basta vencer as prévias. Porque se tiver um candidato do PSDB, um do MDB, um do DEM, um do PSD, nenhum deles vai chegar lá.”
Em entrevista recente a PODER, Tasso, que seus acólitos quiseram fazer pespegar a imagem de “Biden brasileiro”, já havia manifestado essa ideia:
“Eu não posso falar pelo PSDB, mas minha opinião é que devemos encontrar um candidato que tenha as melhores chances de ganhar e que seja um bom presidente para o país. E aí quem quer ser apoiado tem que se propor a apoiar quando se vai para uma negociação. Quando defendo uma união, não acho que deva ser só dentro do PSDB. Está na hora de pensar, pelo menos, em um governo de transição, que volte para a normalidade da vida partidária brasileira.”
A entrevista a PODER, na íntegra, está aqui.