Fiel e leal a Bolsonaro, ministro das Comunicações deve voltar a fazer aquilo que sempre afirmou que não iria fazer: negociar com o Congresso
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, foi incumbido de intensificar a articulação do governo durante o período de recesso no Legislativo e no Judiciário – o Executivo não tem tantas folgas assim.
Nesta virada para a segunda quinzena de julho, a Esplanada já funciona em marcha lenta. Formalmente, o recesso começa na semana que vem e segue até os primeiros dias de agosto, muito embora o prazo seja estendido principalmente nos tribunais.
A tarefa de FF é organizar conversas de bastidores, articulação mesmo, sendo bem mais incisivo do que os integrantes do governo que só participam de reuniões protocolares. Em bom português: vai negociar apoio para a gestão Bolsonaro.
O ministro das Comunicações é hoje o nome mais próximo do presidente da República. Ganhou essa notoriedade ao se alinhar 100% ao discurso dos Bolsonaro, mostrando sua fidelidade ao PR e seu séquito, atitude que vale ouro no palácio do Planalto.
Faria tem sido, inclusive, um dos poucos com acesso a Bolsonaro durante a crise de soluços que virou obstrução intestinal.
Curiosamente, ao assumir a pasta, em 2020, Faria refutou a hipótese de que faria articulação política, que ele sempre disse, inclusive em entrevista a PODER, que era função do então secretário de Governo, general Ramos.