Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr.

Carlos de Almeida Baptista Júnior || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista para “O Globo”, chefe da Aeronáutica faz a exegese da nota acima do tom das Forças Armadas contra Omar Aziz e a reputa como um “alerta”

As Forças Armadas não podem se manifestar politicamente, reza a lei, então às favas com a lei. Depois da gig do general Pazuello na motociata do Rio, foi a vez do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr., fazer coro com seu chefe supremo e partir para o ataque contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, parte da oposição, a imprensa e quem mais aparecesse.

Numa inusitada entrevista para o jornal O Globo desta sexta (9), o militar disse coisas como “homem armado não ameaça (…) Nós não vamos ficar aqui ameaçando (…) Nós precisamos entender que o ataque pessoal do senador à instituição militar não é cabível a alguém que deseje ser tratado como Vossa Excelência. Porque nós somos autoridades.”

O chefe da Aeronáutica é um dos que subscrevem a nota dura e efetivamente acima do tom contra Omar Aziz, que disse que “membros do lado podre das Forças Armadas” estavam envolvidos com “falcatrua dentro do Governo” – tratam-se de alguns militares lotados no ministério da Saúde.

Seria essa o “ataque pessoal” de Aziz à “instituição militar” na cabeça do brigadeiro.

Os militares dizem na nota que não “vão aceitar ataque leviano” às Forças Armadas e, instado pela repórter, traduziu a frase como um “alerta”. [É] “exatamente o que está escrito na nota. Nós não enviaremos 50 notas para ele [Aziz].”