Os ministros do STJ tiveram uma reunião informal para discutir um tema que sempre incomodou a magistratura: filhos de juízes que atuam como advogados no grau de influência dos pais.
Ou seja: o filho de um ministro do STJ pode atuar em tribunais superiores e ver suas causas sendo decididas por amigos do pai? A resposta é sim.
O sistema de distribuição de processos, que é automatizado e eletrônico, supostamente afasta das famílias essa possibilidade de atuação conjunta, o que contaminaria o rito processual. Esse, aliás, é o discurso comum dos tribunais.
Existe receio no STJ de que a sociedade comece a questionar os métodos de distribuição de projetos, após tantas denúncias de filhos de autoridades beneficiadas pelo relacionamento familiar.
A resposta deles, ensaiada entre quatro paredes, será: então meu filho será prejudicado pelo meu trabalho e não poderá defender, na plenitude, os interesses de seus clientes?