“25 milhões de brasileiros temem a vacina”, diz Renato Meirelles

Renato Meirelles || Crédito: Reprodução/Facebook

Em live com Joyce Pascowitch, presidente do Instituto Locomotiva apresenta dados surpreendentes dos brasileiros das classes menos favorecidas

O publicitário Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, esteve com a publisher Joyce Pascowitch, na sexta (14), em live pelo Instagram. Verdadeiro exegeta do brasileiro das classes menos favorecidas, deu a Joyce e aos internautas um diagnóstico muitas vezes chocante do país.

“São 11 milhões de brasileiros que acreditam que a Terra é plana”, revelou. “As pessoas passam a querer acreditar nas versões, não nos fatos, querem algo que justifique a verdade em que querem acreditar.”

Renato continuou, afirmando que “mais de 25 milhões [de brasileiros] acham que, se tomarem vacina, podem ter o DNA modificado ou um chip implantado em seu corpo”. “Pessoas morrem por causa disso”, advertiu.

As pessoas também podem morrer de fome, e ele registrou em suas pesquisas que mais de dois terços de moradores de favelas ficaram sem ter o que comer pelo menos uma vez nas duas semanas anteriores à pesquisa, feita durante a pandemia.

Outras constatações:

A classe média diminuiu 9 pontos percentuais;

A pandemia aumentou a exclusão;

O maior receio do entrevistado é de alguém próximo morrer;

Dois terços das pessoas das classes A e B pediram auxilio-emergencial, e 1/3 dessas solicitações foram atendidas;

Negros movimentam R$ 1,8 trilhão por ano;

Na abertura, Renato disse que “é filho de psicólogos da Vila Madalena”, da terceira geração de universitários de sua família e que, portanto “nunca me faltou nada”, mas que um dia achou que estudar em bons colégios particulares era “coisa de burguês”. Ele foi para escola pública, militou na política universitária e engrossou o movimento Sou da Paz, pelo desarmamento.

Ao descobrir que “existe amor no Excel”, tomou gosto pelo objeto de suas pesquisas — o brasileiro das classes C, D e E. Mas, mais do que apenas tabular números, decidiu entrar em ONGs que atuam em prol dessas pessoas.

“Não dá pra constatar uma realidade de que não gostamos e lavar as mãos”.

Junto com o empresário e ativista social Celso Athayde, a quem chama de seu melhor amigo, é autor do livro “Um país chamado favela”.