Pouco menos de 40 horas depois de boletim médico atestar estado de saúde “irreversível”, morreu nesta manhã de domingo (16), às 8h20, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o prefeito paulistano, Bruno Covas.
Aos 41 anos, o jovem político do PSDB havia se licenciado da prefeitura havia 14 dias para tentar combater o agravamento do câncer de que padecia, que teve origem na cárdia (área ente o esôfago e o estômago) e havia se espalhado por seu corpo.
A doença havia sido diagnosticada em 2019 e durante 2020 teve involuções pontuais, especialmente quando passou a ser adotado um protocolo de imunoterapia como tratamento.
Em sintonia com seu século, mas muito diferentemente de outros políticos, Covas não escondeu, disfarçou ou despistou que enfrentava um quadro de saúde duríssimo, mesmo em tempo de campanha eleitoral, em outubro e novembro.
O governador paulista, João Doria, publicou em sua conta no Twitter: “A força de Bruno Covas vem de seu exemplo e de seu caráter. Foi leal à família, aos amigos, ao povo de São Paulo e aos filiados do seu partido, o PSDB. Sua garra nos inspira e seu trabalho nos motiva.”
O presidente da Câmara, Arthur Lira, também foi ao Twitter para lamentar “profundamente” a morte do prefeito: “Um jovem talento na política, que travou com coragem e otimismo uma árdua batalha. Como deputado federal, foi meu colega na Comissão de Constituição e Justiça, em 2015, com quem tive a honra de trabalhar.”
Com certo retardo, apenas às 11h17, o presidente do Senado, e por extensão do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, postou: “Em nome do Congresso Nacional, expresso os meus profundos sentimentos de pesar ao seu filho, à sua família e à população de São Paulo.”
Embora o presidente Jair Bolsonaro não tenha se manifestado até pelo menos 12h, seu filho 01, no Twitter, escreveu: “Sua postura à frente da maior cidade do Brasil, com dedicação absoluta até o último minuto que pode, serve de inspiração a todos na vida pública.”
Fábio Faria, ministro das Comunicações, também tributou o “colega de Câmara dos Deputados”.
Escreveram para saudar o prefeito, entre muitos outros, Lula, Guilherme Boulos, Dilma Rousseff, Alexandre de Moraes e Tasso Jereissati.
O Santos Futebol Clube, time de coração do prefeito e de seu filho, único, Tomás, também se manifestou: “Santista apaixonado, Covas foi um exemplo de luta e amor à vida nessa triste batalha contra o câncer. Nossos sentimentos aos amigos e familiares!”
Bruno repete o destino de seu avô, o ex-governador paulista Mário Covas, que também morreu de câncer, em 2001, quando ocupava o palácio dos Bandeirantes.
Em março de 2019, Bruno Covas participou de um “Almoço de Poder” com os jornalistas Fábio Dutra, Paulo Vieira e Dado Abreu, da PODER.
Veja o que disse o político, que definiu a si mesmo como um “radical de centro”, aqui.